Greve nos hospitais universitários: negociações avançam no TST
8/5/2024 - Representantes das entidades sindicais e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) se reuniram novamente nesta quarta-feira (8) no Tribunal Superior do Trabalho e, com a mediação do vice-presidente, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, avançaram alguns pontos na negociação para encerrar a greve nos hospitais universitários federais. A nova proposta será submetida à categoria e, caso seja aprovada, empresa e trabalhadores devem assinar amanhã acordo coletivo de trabalho bienal (2024/2026).
Os hospitais das universidades federais são administrados pela Ebserh, que apresentou ao TST um pedido de mediação pré-processual diante do início da paralisação, que atingiu unidades de todo o país, à exceção do Rio Grande do Sul, que vive situação de emergência em razão das enchentes.
Na segunda-feira, o TST fez a primeira rodada de negociação, com a apresentação de proposta pelo vice-presidente. Hoje, a empresa propôs melhorar os valores de alguns benefícios, como o vale-alimentação e o auxílio-creche.
Proposta
A proposta que vai ser examinada pelas assembleias da categoria é a seguinte:
. alteração da data-base para 1º de junho de 2025
. no período 2024/2025, reajuste de 3,09% sobre salários e benefícios, correspondente a 80% do INPC;
. no período 2025/2026, reajuste de 100% do INPC;
. redução da cota-parte do auxílio-transporte de 6% para 5% para ocupantes de cargo de nível médio e técnico;
. auxílio-alimentação de R$ 800 e, a partir de março, de R$ 1 mil;
. auxílio-creche de R$ 484,90;
. assistência médico-odontológica de 190,65;
. manutenção das cláusulas sociais;
. encerramento da greve às 18h de hoje (8);
. compensação de 50% dos dias de paralisação.
(Carmem Feijó)
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